Pr. Wilson Borba é Diretor de Ministério Pessoal e Escola Sabatina
da Associação Planalto Central, Brasília - DF

Resumo
            O artigo está dividido em duas partes: (1) Evidências Bíblicas de um Dilúvio Mundial e (2) Evidências do Dilúvio no Mundo Natural.  Na primeira parte, o autor analisa o tempo dispendido para contruir uma arca grande o suficiente para abrigar as espécies de animais a serem preservadas.  A existência de um único continente pré-diluviano é outro aspecto abordado.  Esta configuração terrestre facilitaria a reunião dos animais.  Notável é a menção feita por Jesus ao dilúvio, o que lhe valida a fidedignidade histórica.  Na segunda parte, o autor procura demonstrar que os “cemitérios fósseis falam de morte por atacado”.  A formação de enormes jazidas de carvão mineral e petróleo; o encaixe dos continentes; fósseis de vegetais e animais aqüáticos em montanhas elevadas e árvores petrificadas são outros argumentos apresentados pelo autor a favor de um dilúvio mundial.

Abstract


     A Bíblia trata do Dilúvio como um acontecimento literal, histórico e de extensão global no planeta Terra.

Evidências Bíblicas de um Dilúvio Mundial


     Em suas páginas se menciona um período breve para o Dilúvio acerca do qual  se proporcionam informações no livro do Gênesis. “Segundo o texto hebraico deste livro bíblico, desde a criação de Adão até o Dilúvio transcorreram 1656 anos. Na versão grega conhecida como Septuaginta se indica um lapso de 2262 anos até o cataclismo diluviano. Em ambos textos se proporcionam as datas que indicam que o Dilúvio teve uma duração de um ano e dez dias ( Gen. 7:11; 8:14 a  19). 1
     Pode- se reconhecer pela quantidade de espaço que o autor do livro deu ao assunto do Dilúvio, que este foi um evento de grande importância na história. “ No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram. A data precisa, com sua falta de simbolismo óbvio, traz as marcas de um fato real bem lembrado”.2
     Os primeiros capítulos do Gênesis tratam de assuntos universais como a Criação, a Queda, a Tábua das Nações, a Corrupção dos seres humanos e a Dispersão da Humanidade. Inserido nestes primeiros  onze capítulos encontra-se o assunto do Dilúvio constituindo evidência favorável para um cataclisma universal.
     Os preparativos que Noé fez para o Dilúvio indicam a grandeza e extensão do mesmo.
     De acordo com as instruções de Deus a Arca devia ser planejada de modo que se lhe garantissem não tanto a mobilidade como a capacidade de carga e estabilidade na flutuação.   
     “ Quanto as dimensões seriam estas:300 cúbitos de comprimento , 50 cúbitos  de largura e 30 cúbitos de altura. Admitindo que o cúbito equivalia a 48 cm ( não se pode afirmar qual era a medida exata, mas esta é das menores sugeridas pelas autoridades no assunto) a capacidade total da arca era de aproximadamente 426.720 metros cúbicos. O equivalente a 522 veículos próprios para o transporte de animais do padrão usual em nossas estradas modernas”.3
     Ela deveria abrigar e salvar sete casais de todas as aves e animais limpos e um casal de cada ave e animal imundo ( ver Gen. 7: 2 e 3).
     “Os entendidos calculam que há menos de 18.000 espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios no mundo hodierno. Mesmo supondo que as espécies biológicas sejam iguais às mencionadas em Gênesis (na maioria, a espécie mencionada em Gênesis era uma unidade de maior âmbito em comparação com as classificações biológicas modernas), e supondo que o porte médio das espécies seja o de uma ovelha (estimativa que oferece ampla margem de segurança), pode-se calcular que a capacidade da Arca era sobejamente grande para sua finalidade. Sabe-se que um veículo apropriado pode transportar perto de 240 ovelhas, de modo que 150 desses veículos seriam suficientes para o transporte de 36.000 animais desse porte. Ora, isso representa menos de um terço do tamanho da Arca.”4
     Não está fora de cogitação que Noé teria construído um barco do tamanho da Arca, necessitando de uma quantidade imensa de madeira, e de muitíssima mão de obra, se o Dilúvio fosse apenas uma enchente local, podendo as pessoas e os animais fugir para lugar seguro?
     O Dilúvio apresentado na Bíblia, contraria a teoria de uma inundação local.
     “Se o Dilúvio foi somente um dilúvio local ou regional, seria loucura gastar 120 anos para preparar uma arca suficientemente grande para carregar animais do mundo inteiro”.5
     O registro sagrado declara que o Dilúvio cobriu os topos das mais altas montanhas ( Gen. 7:19 e 20) e que esta situação prevaleceu somente dez meses (8:5) depois do começo do Dilúvio.
     “Se as montanhas tinham a mesma elevação como agora, como a teoria do dilúvio-local assume, as águas foram no mínimo a 17.000 pés de altura ( o monte Ararat, no qual a  Arca repousou, é esta altura) por um período de no mínimo 9 meses. Ao requerer como uma condição para um dilúvio-local impõe-se uma demanda hidráulica impossível na água envolvida.”6
     É evidente que um dilúvio que pode cobrir montanhas de 17.000 pés de altura não pode ser um dilúvio local e tranqüilo.
     Insistem alguns defensores do dilúvio tranqüilo que o dilúvio foi circunscrito a Ásia onde Noé estava e que ele descreveu como “todas”apenas as montanhas que ele pôde ver. Entretanto, como veremos adiante, “evidência indica que Sibéria, Alaska, Europa, e América do Norte todos foram envolvidos naquela grande catástrofe. Evidência da Austrália e outras partes indicam que partes do sul do mundo foram também envolvidas”.7
     Um modelo começa com uma premissa básica. A Evolução por exemplo levanta-se do princípio que leis naturais e eventos podem explicar todas as coisas incluindo a origem da vida.
     O criacionista especial e o diluvionista no entanto, começam com a premissa que a mente humana é finita ou está em desvantagem. Por causa das limitações do homem ele não pode aprender algumas coisas exceto através do processo especial chamado Revelação.
     Embora Moisés pôde contar com a tradição oral para descrever os fatos do Dilúvio devemos lembrar que ele era um autor inspirado e que dependia da Revelação divina. A Noé foi revelado a vinda do Dilúvio e os preparativos que deveria fazer.
     “A supernatural revelação concedida a Noé referente a Arca, um século antes do Dilúvio, serve para enfatizar o fato que o Dilúvio foi não um mero evento natural na história da Terra”.8
     Alguns críticos tentam colocar em dúvida o Dilúvio universal a partir de perguntas como esta: “como teriam viajado os cangurus da Austrália para entrar na arca de Noé?”
     Possivelmente da mesma maneira como chegaram lá.
     “Uma grande faixa de terra aparentemente conectava Ásia e Austrália no imediato período pós-Dilúvio. Durante esta mais intensa fase da era do gelo vastas quantidades de água foram fechadas nas regiões polares de tal modo que os níveis dos oceanos eram centenas de pés mais baixos do que eles são agora”.9
     Outros acham que Noé colocou na Arca apenas os animais domésticos, e que isso resolveria uma série de problemas tais como abrigar as altas girafas, os enormes elefantes e os felinos selvagens.
   O propósito divino, porém em enviar o Dilúvio era amplo: “Disse  o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me  arrependo de os haver feito”.Gen.6:7.
    Como se cumpriria o propósito divino se Noé houvesse recebido na Arca apenas animais domésticos?
     O Dilúvio, contudo, não foi enviado apenas com o propósito de destruir, mas de separar e manter na terra homens piedosos (ver Gen. 6:8 e 9).
     Após o Dilúvio, Deus segue a intenção original de abençoar a humanidade (ver Gen. 9:l) procedendo como que uma segunda criação.
     Um dos mais difíceis problemas para serem enfrentados por aqueles que negam que o Dilúvio foi universal é o concerto que Deus fez com Noé após o Dilúvio ter terminado.
     “Se o Dilúvio destruiu somente uma parte da raça humana, então aqueles que escaparam das águas do Dilúvio não foram incluídos no concerto do arco-íris. Somente com respeito aos descendentes de Noé teriam os pássaros, bestas e peixes temor e medo (Gen. 9:2); eles somente seriam proibidos de comer carne com o sangue (9:3-4); e eles somente teriam a autoridade de tomar a vida (9:5 e 6)”.10
     As Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Testamento consistentemente referem-se ao Dilúvio em um modo mais apropriado para um evento histórico (ver Isa. 54:9; Heb.11:7;I Pe 3:20 e II Pe 2:5).
     Cristo considerou-o como um acontecimento histórico ( ver Mat.24:37-39; Luc. 17:26 e 27).
     “Se ele era um mito religioso, e Ele reconheceu-o como fato, Ele fez declarações enganosas. Entretanto, Ele apelou para o Dilúvio como um fundamento histórico ou paralelo para um ponto que Ele desejava alcançar”.11
     Se o Dilúvio não foi real e universal; a partir do momento em que Jesus  assim o apresentou, colocou em risco a credibilidade dos Seus ensinos quanto a  realidade do maior evento da História: Sua Segunda Vinda em glória e majestade.
     A Segunda Vinda do Senhor será universalmente visível, gloriosa e audível ( ver Mat. 24:27,30 e 31; Apoc. 1:7).
     Alguns intérpretes precipitadamente concluem pela leitura de Mateus 24:38 e 39 que a vinda do Senhor será secreta e não percebida pela maioria das pessoas do mundo, mas é exatamente o contrário oque Jesus ensinou fazendo um paralelo com o Dilúvio. “Portanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”.
     O que a geração de Noé não percebeu, não foi a chegada  do Dilúvio, mas  obviamente o momento em que finalmente a oportunidade de salvar-se passou e a porta da Arca foi fechada. Assim, o mundo inteiro será tomado de surpresa pois a porta da graça será fechada em hora que ninguém sabe, e como o Dilúvio “levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (vers. 39).
     Afirma o apóstolo Pedro que enquanto o mundo foi uma vez destruído pela água, um segundo dilúvio, desta vez de fogo purificará a terra do pecado (ver II Ped. 3:7).
     “Unindo-se os raios do Céu com o fogo na Terra as montanhas arderão como uma fornalha, e derramarão terríveis correntes de lava, submergindo jardins e campos, vilas e cidades. Massas fervilhantes derretidas, ao serem arremessadas nos rios farão com que as águas entrem em ebulição  arremetendo rochas maciças com indescritível violência e espalhando seus fragmentos sobre a terra. Rios tornar-se-ão secos. A Terra se convulsionará; por toda  a parte haverá tremendos terremotos e erupções. Assim destruirá Deus os ímpios da Terra. Mas os justos serão preservados destas comoções, como o foi Noé na arca”.12
     

Evidências do Dilúvio no Mundo Natural


     As rochas e os fósseis providenciam a mais conhecida fonte de evidência para o    teste do Dilúvio.
 l-Cemitérios fósseis: “Cemitérios fósseis falam de morte por atacado. A cama de ossos de Agate Springs; Nebraska, contém uma confusão de ossos de milhares de mamíferos incluindo rinocerontes, camelos, porcos gigantes, e outros animais que viviam não muito distante da área. Os ossos e as rochas circunvizinhas têm indicações que água depositou-lhes depois que os corpos tinham decaído suficientemente para as correntes arrancar-lhes as partes. Na Cicília, tem depósitos de ossos de hipopótamos tão extensivamente que pessoas têm extraído deles como uma fonte de carvão comercial.”13
          
2-Camadas Descobertas: “No Grand Canyon e em muitas áreas circunvizinhas que sofreram profundas erosões, podemos ver camada sobre camada de depósitos bem abaixo do leito de granito assentado no fundo. As camadas vistas nas erosões profundas do Grand Canyon correspondem a grandes áreas contínuas subterrâneas conforme mostra o fundo dos poços de petróleo. Parece que elas estão na mesma ordem onde quer que apareçam. As camadas finas podem se estender por centenas de quilômetros no território. Em todo o lugar há evidência de que no passado houve uma ação global da água. O quadro de um Dilúvio universal é  o único que nos serve como modelo”..14

3-A Formação do Carvão e do Petróleo: As estimadas sete trilhões de toneladas de carvão da Terra oferecem outra forma de suporte para o paradigma do Dilúvio. “Nesse tempo imensas florestas foram sepultadas. Estas foram depois transformadas em carvão formando as extensas camadas carboníferas que hoje existem, e também fornecendo grande quantidade de óleo”.15

4-As Atividades Vulcânicas e Sísmicas: “O carvão e o  óleo freqüentemente se acendem e queimam debaixo da terra.  Assim as rochas são aquecidas, queimada a pedra de cal, e derretido  o minério de ferro. A ação da água sobre a cal aumenta a fúria do intenso calor, e determina os terremotos, vulcões e violentas erupções”.16

5-Depósitos Vulcânicos de Quantidade sem Paralelo: Devemos lembrar que o Senhor fez “romperem-se todas as fontes do grande abismo..”(Gen. 7:11). “Também houve comoções violentas tais como terremotos, atividades vulcânicas e as águas que irrompiam arrojando ao ar enormes rochas”.17
Segundo William Lovelless: “Para imaginar o que aconteceu, o que todos vocês deveriam fazer, é ir a John Day, Oregon, e fazer uma pequena escavação como os estudantes do colégio fazem cada ano. Ali você encontrará centenas de milhas quadradas de depósito vulcânico. Quando isto aconteceu? Como aconteceu? Nada há hoje semelhante. Quando um vulcão sai para fora no Sul do Pacífico ou eleva sua cabeça em algum lugar na Turquia ele aparece na primeira página. Mas é apenas um pequeno dedo em comparação ao que aconteceu quando os depósitos de John Day foram feitos”.18
Howe afirma: Ëstas rochas recentes na terra do John Day em minha opinião foram depositadas ou imediatamente após o Dilúvio de Noé ou durante o estágio final do Dilúvio”.19

6-O Encaixe de Continentes: A idéia de que  os continentes podem ser encaixados juntamente como num quebra-cabeças para formar um único supercontinente é antiga. “Especialmente interessante é como o leste da América do Sul pode encaixar-se ao sudoeste da África. Recentes investigações têm usado computadores para encaixar os continentes. Aqueles que apreciam o total encaixe dos continentes chamam de evidência “constrangedora”enquanto outros que notam vazios permanecem céticos”.20
Para Rohrer a Bíblia pode dar indício desse acontecimento: “A causa do Dilúvio de Noé é descrita em termos tectônicos:”todas as fontes do grande abismo quebraram”(Gen. 7:11). A palavra hebraica para “quebraram”é BAGA e é usada em outras passagens do Velho Testamento (Zac. 14:4; Num. 16:31) para  referir-se ao fenômeno geológico de defeito. Se a separação continental ocorreu  durante o Dilúvio de Noé, uma hoste de problemas no dilema tectônico pode ser resolvido como a grande quantidade de rochas vulcânicas nas águas do mar. Os fatos indicam que a separação dos continentes, empurrando as trincheiras dos oceanos foi realizada por rápidos processos, que não ocorrem hoje, e iniciados por um mecanismo catastrófico.”21

7-A Formação de Cadeias de Montanhas: “Em muitos lugares, colinas e montanhas tinham desaparecido não deixando vestígio do lugar em que se achavam; planícies haviam dado o  lugar a cadeias de montanhas. Estas transformações eram mais acentuadas em alguns lugares do que em outros”.22

8-Fósseis Encontrados em Montanhas:”Humboldt encontrou vários depósitos de hulha, detritos de antigas florestas e vegetais aquáticos e terrestres sepultados em Guanaco, na América do Sul, a uma altura de 13.000 pés, perto dos limites atuais das neves eternas. Encontram-se ossadas de mastodontes sobre as Cordilheiras, a uma altura de 8.000 pés. No Himalaia, avalanches de neves caíram de uma altura de 16.000 pés; arrastaram brechas ossosas  e têm-se encontrado ali segundo Lyell petrificações a 18.400 pés de altura. Encontram-se geralmente depósitos de ossadas de animais ante-diluvianos nas mais altas montanhas do mundo, Monte Branco, Himalaia e Cordilheiras”.23
     Nos rochedos e colinas do estado de Wyoming, nos Estados Unidos podemos quebrar um pedaço de rocha e  encontrar folhas de sequóia, moscas com asas estendidas, peixes, conchas demonstrando que somente um dilúvio poderia ter ocorrido para depositá-los no alto das montanhas e serem fossilizados intactamente.

9-Extinção de Numerosos Tipos de Plantas: “Referências de textos padrões em paleobotânica demonstrarão os numerosos tipos de plantas encontrados  em camadas fósseis que não são conhecidos na terra hoje. Grupos inteiros tais como as Calamites, Cordaitales, Cycadofilicales, Bennettitales, e as Caytoniales, só para mencionar uns poucos têm desaparecido”.24
A extinção de muitas espécies é exatamente o que alguém preveria se tivesse acontecido um grande dilúvio.

10-Mudanças Drásticas de Temperatura e Surgimento de Imensas Quantidades de  Gelo: Cinzas vulcânicas são muito efetivas em reduzir as radiações solares. Na parte setentrional da Califórnia em pequena área entre Feather e Pit Rivers tem 150 cones de vulcões extintos. Tal atividade na época do Dilúvio (ver item 5) pode ter absorvido o calor do sol.
     “Tem sido calculado que se nossa temperatura foi reduzida em  5 graus F do presente, providenciaria condições de umidade favoráveis   e grandes quantidades de gelo poderiam começar ao formar em montanhas e em platôs de áreas niveladas na zona temperada norte. Com a abundância de água enchendo todas as áreas continentais baixas no término do Dilúvio, com precipitações pesadas devido ao ar frio e mares quantes, com redução de radiação solar tanto como resultado de atividades vulcânicas, haveria toda razão para esperar que tremendas quantidades de água seriam seguradas como neve e gelo em regiões polares e temperadas nos continentes.”25

11-O Notável Testemunho de Darwin: Darwin e Wallace foram impressionados pela evidência de destruição em massa. Em seu jornal de pesquisas escreveu de sua admiração ao ver fósseis na América do Sul que ele visitou na viagem do Beagle em 1845. “A mente é de início irresistivelmente levada a crença que alguma grande catástrofe tem ocorrido. Para destruir animais ambos grandes e pequenos no sul da Patagônia, no Brasil, na Cordilheira, na América do Norte para o Estreito de Behring  precisamos sacudir a estrutura inteira do mundo. Certamente nenhum fato através da história do mundo é tão surpreendente como a ampla exterminação de seus habitantes.”26

12-Animais que Morreram Alimentando-se: Um dos que mais estudou os fósseis dos milhares de mamutes da Sibéria foi Howard. “Howard escreveu que tinha confirmado muitas vezes que o conteúdo dos estômagos destes gigantes tinha sido examinado cuidadosamente e mostravam conter comida ainda não digerida, composta de folhas de árvores agora encontradas no sul da Sibéria”.27

13-Esqueletos e Escamas de Peixes Fossilizados: Outra interessante evidência de rápido soterramento é vista nos esqueletos e escamas de peixes fossilizados. “Milhares de quilômetros quadrados de argila xistosa, mesclados com escamas de peixes fossilizados são encontrados nos Estados ao norte das Montanhas Rochosas ( o Xisto Mowry). Que explicação damos para os  milhões de escamas de peixes fossilizados?”28
Conclui-se que os corpos de miríades de peixes foram repentinamente e simultaneamente mortos em poucas horas tanto que  “..a carne, o fígado, o canal alimentar e outras partes ficaram inquestionavelmente intactas, quando foram lacrados pelos sedimentos.”29

14-Fósseis de Dinossauros: Centenas de pegadas de dinossauros foram encontradas nos Estados de Massachussets e Conecticut. Alguns dos melhores esqueletos de dinossauros encontram-se em museus europeus e americanos como o Museu Americano de História Natural em Nova Iorque e o Smithsonian Institution de Washington DC. “Os cientistas tem-se perguntado por muitos anos porque os ossos de dinossauros são encontrados apenas em certas camadas de rocha. A terra e areia depositadas acima dessas camadas de rocha não contém ossos de dinossauros. Parece que os dinossauros foram extintos rapidamente. Porque morreram subitamente? Essas são perguntas às quais os cientistas tem procurado responder.”30
     Um dilúvio universal pode explicar a seqüência de fósseis encontrados na coluna geológica e o misterioso desaparecimento dos dinossauros.

15-Árvores Petrificadas: Por muito tempo geólogos e paleontólogos apresentaram teorias que vistas superficialmente pareciam corretas, mas que se provaram falsas mais tarde.Entre tais teorias está aquela  conclusão que todas as árvores petrificadas encontradas em posição vertical estão em suas posições de crescimento (autóctone). Mas, “o crescimento de tantas florestas sucessivas, umas sobre as outras requer pelo menos 15.000 anos. Esta estimativa é feita tendo como base 300 anéis como o tamanho médio da árvore mais velha para cada nível, cifras conservadoras derivadas da Floresta Petrificada de Specimen Creek localizada no Parque de Yellowstone. Se usarmos estes cálculos a Specimen Petrified Forest, com mais do dobro de camadas de árvores, requereria mais de 40.000 anos”.31
Pesquisas têm demonstrado que quando o Monte Santa Helena explodiu em 1980, uma gigantesca jangada de troncos foi criada sobre a superfície do lago adjacente chamado Spirit Lake. Muitos dos troncos que flutuavam no lago, especialmente aqueles que tinham raízes ficaram em posições eretas.
“Os fósseis de árvores eretas no contexto geológico são compatíveis com o modelo do Dilúvio. Na realidade quando todos os fatores são considerados, uma catástrofe que envolve água e um grande número de árvores flutuantes, oferece uma explanação mais satisfatória para a origem delas.”32

É necessário lembrar que as provas naturais do passado que se acham à disposição dos cientistas para estudo, são de natureza subjetiva ou persuasiva. Ao estudar a natureza uniformitaristas e os diluvialistas encaram as mesmas evidências ou pontos de prova e apresentam suas respectivas interpretações.
     Dr. Frank Lewis Marsh pergunta e responde: “Qual explicação é a melhor? Isso depende de onde desejais colocar a vossa fé”.33

BIBLIOGRAFIA:
l- El Universitário Adventista, Departamento de Educação da Divisão Sul Americana, 17.
2-Derek Kidner, Gênesis, introdução e comentário (São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, l985), 85.

3-Criação ou Evolução (São Paulo: Editora Fiel), 64.
4-Ibid. 65.
5-Henry M. Morris, Scientific Criacionism (San Diego, CA: Creation Life Publishers), 253.
6-Ibid., 252, 253.
7-Carl E. Baugh, Clifford A. Wilson, Dinosaur (Orange, CA: Promise Publishing CO, 1991), 115.
8-John Whitcomb Jr., The World Perished Baker (Grand Rapids, MI: Baker Book House), 23.
9-Ibid., 25.
10-John C. Whitcomb e Henry M. Morris, The Genesis Flood (Phillipsburg, NJ: Presbiterian and Reformed Publishing, 1992), 22.
11-Gerald W. Wheeler, The Two-Taled Dinosaur (Nashville, TN: Southern Publishing Association), 194.
12-Ellen G. White, Patriarcas e profetas (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1976), 108, 109.
13-Wheeler, 116.
14-Harry J. Baerg,  O mundo já foi melhor (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1992), 41, 42.
15-White, Patriarcas e profetas, 107.
16-Ibid., 107.
17- Idem, “O Gênesis e a Geologia”, em Comentario Biblico Adventista del Séptimo Dia, vol. 1.
18-William Loveless, What a Beginning (Washington DC: Review and Herald Publishing Association).
19-George F. Howe,  Speak to the Earth Creation Studies in Geoscience (Presbyterian and Reformed Publishing Company), 225.
20-Duanet Gish e Donald H. Rohrer, Up with Creation (San Diego, CA: Creation Life Publishers), 175.
21-Ibid., 179.
22-White, Patriarcas e profetas, 107.
23-Henrich Reush, A Bíblia e a natureza  (Porto: Livraria Internacional), 2:44.
24-Walter Lammerts, “Select Articles from the Creation”, Research Society Quaterly  1 (1964-1968), 294, 295.
25-Frank Lewis Marsh,  Life, Man and Time  (Out Door Pictures), 122.
26-Arthur C. Custance,  Evolution or Creation? (Grand Rapids, MI, Zondervan Publishing House), 96.
27-Ibid., 98.
28-Harold G. Coffin, Aventuras da criação (Tatuí,SP: Casa Publicadora Brasileira,  1993), 104.
29-Alonzo L. Baker e Francis D. Nichol, The Flood Creation not Evolution (Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association), 61.
30-Ruth Wheeler e Harold G. Coffin, Os dinossauros (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996), Mountain View, Califórnia 30.
31-Harold G. Coffin, “O Enigma das Árvores Petrificadas” Revista Diálogo I, 1992, 11.
32-Ibid., 31.
33-Frank L. Marsh, Evolução ou criação especial (Santo Adnré, SP: Casa Publicadora Brasileira), 32. 
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Letra: Valdecir Simões Lima (1953-)            Música: Flávio Almeida Santos (1963-)
A irmã Raquel Silva enviou, por intermédio do irmão Aristides dos Santos, o seguinte relato aos editores do site “Música Sacra e Adoração”:
Recentemente o prof. Valdecir Lima fez uma semana de oração em minha igreja, a Capital Brazilian SDA Temple, em Washington.
Ele nos contou que quando fez a letra deste hino, faziam apenas 45 dias que seu pai havia morrido. Ele estava na biblioteca de sua casa, assentado na escrivaninha que fora de seu pai, e, naturalmente, passando por um momento de grande dor, quando fez a letra do hino.
Deixou bem claro que o hino não foi feito em homenagem ao falecido pai, a quem muito amou, mas como uma declaração de confiança e descanso no amor de Deus, em meio das tribulações desta vida, como era o momento que estava vivendo então.


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Samuel John Stone (1839-1900)                 Samuel Sebastian Wesley (1810-1876)

Letra: Samuel John Stone (1839-1900)
Música: Samuel Sebastian Wesley (1810-1876)

Este é o hino que nasceu de uma controvérsia teológica. Costuma-se dizer que das coisas ruins nascem, coisas boas. Com certeza poderíamos dizer isso da famosa “Controvérsia de Colenso.”
John William Colenso era um prelado britânico, servindo como bispo anglicano em Natal, África do Sul. Ele era muito ativo na evangelização dos zulus, e defendeu as populações negras contra a dominação bôer. Suas interpretações críticas da Bíblia provocaram vivas polêmicas. Um livro dele, “O Pentateuco e o Livro de Josué”, examinado do ponto de vista da crítica, foi publicado em 1862 e provocou uma grande controvérsia.
Quem mais recebeu os ensinos de Colenso foi o seu superior, o Bispo Gray, Bispo da Cidade do Cabo. Ele demitiu Colenso das suas funções e este apelou à sede da Igreja em Londres.
Quem se interessou muito pela polêmica foi um outro membro da Igreja Anglicana, o Rev. Samuel John Stone, que naquela época estava iniciando o seu ministério.
Nascido em 25 de abril de 1839, Stone, passou os primeiros treze anos na roça. Depois, mudou-se para Londres e estudou no Pembroke College, em Oxford, onde, além dos estudos, participava também ativamente de vários esportes. Mostrou grande talento poético.
Em 1862 era um adjunto numa igreja em Windsor. Enquanto servia a essa igreja, a “Controvérsia de Colenso” estourou. Stone sentiu que as suas ovelhas repetiam friamente o Credo Apostólico, sem realmente sentirem o sentido das palavras. Por isso ele escreveu em 1866 a coleção conhecida como, Lyra Fidelium, constituída de doze hinos sobre os doze artigos do Credo Apostólico.
Um desses hinos era “Da Igreja o Fundamento”, baseado no artigo 9 do Credo, que dizia “Ele é a cabeça do corpo da igreja.”
O hino era um reflexo da própria controvérsia. Tinha, originalmente sete estrofes, mas algumas partes foram omitidas, por conterem expressões pouco condizentes ao louvor. Uma das estrofes omitidas dizia (mais ou menos literalmente, sem nos preocuparmos com a rima e a métrica).
“A Igreja jamais perecerá, Seu Criador a defenderá,
Guiará, sustentará e acalentará,
E estará com ele até o fim.
Apesar do fato de que existem alguns que a odeiam,
E filhos falsos, que diante dela empalideceram,
Ela prevalecerá,
Contra os inimigos ou traidores.”
Em 1864 o hinário “A Selection of Solos and Hymns” (Uma Seleção de Solos e Hinos) foi editado em Londres por Samuel Wesley (neto de Charles Wesley) e Charles Kemble. No hinário de 150 hinos existiam mais de trinta melodias originais de Samuel Wesley. Uma dessas foi ligada ao hino que conhecemos como “Jerusalém Excelsa”, cuja letra recebeu a seguinte tradução para o Português:
O olhar dos oprimidos está em ti, no além,
Cidade de ouro puro, feliz Jerusalém.
Não sei nem imagino o gozo que há em ti,
A glória imarcescível não posso ver daqui.
Oh, doce lar bendito, em breve ver-te-ei,
Teus gozos inefáveis e a paz desfrutarei.
Exulta pois, minh’alma, prorrompe em canção;
Porque bem perto estamos da eterna redenção.
Em 1868, em um apêndice do hinário “Hymns Ancient And Modern” (Hinos Antigos e Modernos), os seus editores usaram aquela melodia de Samuel Wesley para cantar o hino “Da Igreja o Fundamento”, de Stone. Desde então o hino tradicionalmente cantado com a melodia de Wesley, melodia está intitulada “Aurélia”(do latim Aurum, que significa “ouro”).
Em 1870, dois anos depois de lançado o hino de Stone, com a melodia de Wesley, Stone foi a Londres e trabalhou como auxiliar do pai, que também era um prelado da Igreja Anglicana. Em 1874 o pai faleceu, e John Stone continuou no bairro de Haggerstone, conhecido como um bairro pobre e necessitado. Ele foi muito querido pelo povo, e os moradores desse bairro ficaram tristes,  quando, em 1890, com sua saúde enfraquecida; Stone foi transferido para outra igreja. No dia 19 de novembro de 1900 Stone faleceu, vitima de câncer.
O compositor da melodia “Aurélia”, Samuel Wesley, nascido em Londres no dia 14 de agosto de 1810, foi um grande músico. Dotado de grande talento natural, ainda se preparou diligentemente na Universidade de Oxford, onde recebeu os graus de Bacharel e Doutor em Música. Ele foi um organista de grande renome e teve também, vasta experiência como regente.
Contam que Wesley era um inveterado pescador e que um dia, a caminho para apresentar um concerto, viu um lugar tão encantador e tentador para pescar, que mandou o seu assistente prosseguir a viagem, apresentar o concerto em nome dele e avisar que foi detido por motivos superiores; Bill Reynolds, no seu livro Hymns Of Our Faith (Hinos de Nossa Fé), e Roberto McCutchman, no seu livro Our Hymnody (Nossa Hinódia), contam esta história.
De qualquer maneira, Wesley foi um grande músico, e deixou uma rica herança de composições. As suas últimas palavras, ao falecer, foram : “Deixem-me ver o céu”.
Na Catedral de Gloucester há trabalho dedicado a Wesley, com os seguintes dizeres: “Este monumento foi colocado por amigos como expressão de alta estima do seu valor pessoal e admiração pelo seu grande gênio musical”. Há, na mesma catedral, uma janela colocada em memória dele, mas o famoso Groves Dictionary of Music and Musicians, diz que “O monumento que mais perdura é o da sua própria criação, que persiste em suas obras”.
Fonte: Se os Hinos Falassem – Bill H. Ichter – Vol. IV – pág. 60 a 63 .
Agradecemos à irmã Wilza Carla Vasco Rabello pelo paciente trabalho de digitação deste material.


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George Frederick Root (1820-1895)
Letra: William Orcutt Cushing (1823-1902)
Música: George Frederick Root (1820-1895)
Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos Evangélicos):
"'Oh, que Belos Hinos!' (Soam os Sinos do Céu – no original em inglês), foi escrito", diz o autor, Sr. Cushing, " para ser usado com uma bela melodia que me fora enviado por George F. Root, intitulada, 'O Pequeno Mestiço'. Após receber a melodia, esta ficou em minha cabeça o dia todo, soando melodiosamente em sua doce cadência musical. Queria aprendê-la para usá-la na Escola Dominical e para outros propósitos cristãos também. Imaginei haver alegria no céu quando, os sinos no céu soando anunciam a volta de um pecador arrependido. Então as palavras 'Soam os Sinos do Céu' subitamente fluíram para a melodia que estava à espera. Foi uma bela e abençoada experiência e parece que os sinos ainda estão soando."

Uma meninazinha na Inglaterra, muito querida por seus pais, estava morrendo. Ela gostava muito de nossos cânticos, e sempre falava quanto os amava. Alguns dias antes de morrer disse à sua mãe:
-"Quando eu morrer, mamãe, peça as meninas da escola que entoem o cântico: 'Soam os Sinos do Céu'".
Meia hora antes de sua morte ela exclamou:
-"Oh, mamãe, ouça os sinos dos céus! Como tocam belissimamente!"
Fonte: Histórias de Hinos e Autores - CMA - Conservatório Musical Adventista

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Letra: William True Sleeper
Música: George Coles Stebbins

Ira David Sankey, conhecido hinista americano, diz em seu livro My Life and the Story of the Gospel Hymns (Minha Vida e a História dos Hinos Evangélicos):
"Certa noite, em novembro de 1886," diz o superintendente de uma escola para meninos, "eu estava andando em uma rua em St. Joseph, Missouri, quando vi adiante uma multidão aglomerada em frente a uma porta. Ao chagar mais próximo vi que era a entrada para o salão da Associação Cristã de Moços. À porta, alguns jovens cantavam. Ao eu me aproximar começaram a cantar:
'De noite, uma vez, veio um rico a Jesus
A fim de saber o caminho da luz;
O Mestre explicou, e lhe fez entender:
Importa renascer!'
Quando chegaram ao coro, a espada do Espírito penetrou meu coração. Pareceu-me estar diante do Senhor Jesus face a face. Lá na rua, enquanto o cântico era entoado, eu lhe pedi que me ensinasse como renascer outra vez, e Ele o fez.
Aceitei um convite para o culto da noite e após aquele serviço, e pelo resto da minha vida, reconheci publicamente a Cristo como meu Salvador. Tenho sentido que foi através da influência daquele cântico que minha alma foi despertada. Agradeço a Deus muitas vezes pelo cântico, bem como pela coragem que ele deu aos seus discípulos de cantarem na rua."

Relata ainda Sankey:
"Muitos anos atrás um evangelista inglês mandou-me este incidente: -'Estávamos realizando reuniões evangelísticas em uma cidade em Perthshire, e havia ali uma pessoa que ajudou-nos mais efetivamente do que poderíamos esperar. Não sei exatamente como entramos em contato com a "Cega Aggie"; além de ser cega e idosa, era uma grande sofredora, e raramente podia arrastar-se além de sua porta.
Nós éramos estranhos no lugar, e ninguém nos falou dela; no entanto, pela providência de Deus, um de nosso grupo foi levado a visitar seu pequeno quarto, descobrindo quão santa era ela, e quão profundamente interessada estava a respeito de tudo que ouvira de nossas reuniões. Ela nos auxiliou grandemente com orações, e tanto quanto possível com trabalho individual.
Hospedada na mesma casa que a cega Aggie, estava uma costureira – uma pobre jovem, frívola e tola por quem ela se interessou profundamente. Com muita dificuldade convenceu a jovem a assistir a uma de nossas reuniões.
Enquanto a moça estava na reunião, Aggie estava orando para que ela recebesse uma benção especial. Quando ela voltou, Aggie fez-lhe muitas perguntas, mas para sua tristeza notou que o coração da jovem não havia sido impressionado.
A boa anciã induziu a irresponsável moça a ir outra vez; quando ela voltou pela segunda vez, já era muito tarde, e a cega Aggie havia ido para a cama, mas a jovem irrompeu quarto a dentro, gritando:
- "Ó, Aggie, onde está você? Eu preciso contar-lhe..."
- "Sim, querida, o que é? Venha, conte-me!"
-Oh! mas primeiro eu preciso de luz; não posso contar-lhe no escuro."
Apesar de Aggie nunca usar velas, disse à moça onde poderia encontrar uma. Após acendê-la, a jovem abriu seu coração:
- "Oh, Aggie desta vez eu não ri! Eles apresentaram um cântico que sempre repetia: 'Importa renascer', e isso tomou conta de mim, Aggie, e oh, eu nasci outra vez. Jesus tomou-me, Aggie'!

"Numa noite de domingo," relata uma jovem de Dunfermline, Escócia, "fui com uma amiga passear num parque público, quando nossa atenção foi atraída para uma reunião ao ar livre. Enquanto estávamos lá ouvindo, o cântico 'Importa Renascer' foi distribuído e cantado. As duas últimas linhas da última estrofe (este trecho não se encontra no "Hinário Adventista") eram:
'Um querido no céu meu coração deseja ver
No belo portão esperando para ir comigo ter!
Essas palavras tocaram-me profundamente, e eu senti que precisava renascer, pois de outra forma, jamais, entraria lá. Naquela noite me decidi por Cristo e desde este cântico tem sido muito precioso para mim".
Fonte: Histórias de Hinos e Autores - CMA - Conservatório Musical Adventista


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A autora deste hino, Mary Artemisia Lathbury (1841-1913) era filha de pastor e tinha dois irmãos, também ministros do Evangelho.
Cedo na vida revelou ela dotes especiais para poesia e desenho. Tornou-se artista profissional e professora de arte. Ilustrava freqüentemente seus livros e versos com seus próprios desenhos. No ramo literário contribuiu muito para jornais e revistas para crianças e jovens e, como redatora, serviu no notável Instituto Bíblico de Chautauqua, no norte do estado de Nova Iorque, fundado pelos Srs. Lewis Miller e Dr. John H. Vincent. Muitas das poesias que a Srta. Lathbury escreveu foram usadas para os cultos vespertinos em Chautauqua.
Falando sobre como chegou a desenvolver os seus dons no serviço religioso, diz ela que, um dia, pareceu-lhe ouvir uma voz dizendo: “Lembra-te, minha filha, de que tens o dom de tecer a imaginação em versos e o dom de, com o lápis, reproduzir imagens que te vêm ao coração. Consagra tais virtudes inteiramente a mim, como fazes com o mais íntimo do teu espírito”. Foi depois de ouvir isto que ela dedicou o seu talento ao serviço do Senhor.
Entre os vários cursos oferecidos pelo Instituto Bíblico de Chautauqua, predominava o do estudo bíblico. Sentindo o Dr. Vincent a necessidade de um hino especial, relacionado àquela matéria, solicitou à Srta. Lathbury, sua auxiliar, que o escrevesse. Ela o atendeu e, durante o verão de 1877, compôs este maravilhoso hino. O hino é baseado no milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, operado pelo Senhor para alimentar a multidão cansada e faminta que O cercava junto ao mar da Galiléia, incidente este narrado pelos evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João.
É uma prece ao Senhor suplicando-lhe que conceda a visão para enxergar o sentido profundo das santas Escrituras “além da mera letra”!
O tradutor deste hino é o Sr. Henry Maxwell Wright (1849-1931). Nascido em Lisboa, era filho de pais ingleses e por alguns anos dedicou-se ao comércio. Depois de auxiliar o célebre pregador Moody em uma grande campanha de evangelização realizada em Londres, em 1874 e 1875, abandonou a sua próspera carreira comercial para dedicar-se à evangelização da Inglaterra e Escócia. Esteve no Brasil quatro vezes: 1881, 1890-1891, 1893 e 1914.
O Sr. Wright contribuiu grandementete para a hinologia nacional, pois escreveu cerca de 151 hinos e 42 coros, muitos dos quais constam de hinários em língua portuguesa.
Este hino tem o número 353 em Hinos e Cânticos e é cantado com a música Bread of Life (Pão da Vida), cuja autoria é de William Fisk Sherwin (1826-1888).


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Era 1937, na solidão de uma noite no vasto silêncio no Norte do Canadá, uma professora lia a sua Bíblia. Encontrou em João 20:21, a convicção que sua chamada era para ir a qualquer lugar que Deus a enviasse. Então escreveu uma poesia que começava: "Envio a Ti aos compôs da Seara/ semear, ceifar, sem horas receber/ sofrer por mim ingratidão e escárnio; Contigo estou, terás o Meu poder/...”
Margareth Clarkson conta que anos mais tarde, ela chegou a conhecer a "alegria da obediência", e arrependeu-se do triste tom do seu poema. Então, escreveu uma nova versão que refletia esta alegria, esta vitória que ela sentia em sua vida. Singspiration publicou o hino com a música de John W. Peterson, em 1963. É esta versão o tema da cantata missionária So Send I You (Eu vos Envio), composta por Peterson e publicada por Singspiration, Inc, em 1969. Sobre a tradução, o Pastor Ivo Augusto Seitz fala:
"Quando a turma de música sacra do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil trabalhava na tradução da cantata do mesmo nome do hino, descobri uma segunda melodia e letra, dos mesmos autores. Comparando, entendi logo as razões da autora - no ano seguinte também seguiria para o campo missionário."
Ainda se canta este hino em todos os cantos do Brasil.
E. (Edith) Margaret Clarkson, a autora de Envio a Ti, nasceu na cidade de Melville, na província de Saskatchewan, no Canadá, em 8 de junho de 1915. Margaret aceitou a Cristo aos 10 anos, depois de ver um programa de slides sobre o livro "O Peregrino". Sua primeira poesia foi publicada no mesmo ano, as primícias da sua prodigiosa produção literária. Desde então, fluíram da sua pena mais de cem hinos e cânticos, muitos artigos, livros de poesias, hinários, livros textos e livros devocionais.
A Srta. Clarkson cursou a Faculdade de Pedagogia e a Universidade de Toronto, capital da província de Ontário. Ela se dedicou, de 1935 a 1973, no ensino do primeiro grau na província, sentindo este trabalho como sua missão dada por Deus. Além de ser sempre membro ativo na sua igreja, cooperou fielmente na Aliança Bíblica Universitária para a qual ela escreveu, a pedido do diretor, seu primeiro hino, We Come, O Christ, to Thee (Chegamos, ó Cristo, a Ti), publicado no primeiro hinário da ABU, em 1946.
Sobre sua vida desde a sua aposentadoria do ensino publicou em 1973, a professora Clarkson diz: "vivo tranqüila, num subúrbio de Toronto, chamado Willwdale, escrevendo quando posso". E escreve! Colaborou com Donald P. Hustad na letra da cantata Celebração do Discipulado em 1974. Escreveu, no mesmo ano, o hino oficial para o Congresso de Evangelização Mundial em Lausanne, Suíça, "Praise The Lord, Sing Hallelujah" (Louvai ao Senhor, Cantai Aleluia). Também preparou o livro The Singing Heart (O Coração que Canta), coletânea de mais de cem hinos, publicada por Hope Publishing Co., Carol Stream, Estado de Illinois, EUA, em 1987. A hinódia mundial ainda aguarda grandes coisas desta talentosa e dedicada serva do Senhor.
O compositor, John Willard Peterson, recebeu uma cópia, sem assinatura, da primeira versão do poema da srta. Clarkson. Muito impressionado com a poesia, Peterson usou-a num dos seus programas na radio WMBI do Instituto Bíblico Moody, em Chicago. "Um dia ao piano, com o texto diante dele, Peterson improvisava". "A melodia 'chegou a mim', diz Peterson, (...) e eu senti que de alguma maneira, Deus havia de usar este hino". Foi publicado, em primeiro lugar, na coletânea Low Voice, (Voz Grave) por Moody Press, em 1954. Quando a srta. Clrarkson escreveu a segunda versão mais amadurecida de João 20:21. Singspiration, Inc. publicou-a, com a música de Peterson, em 1963.
Ao descobrir que a poesia era de Margaret Clarkson, Peterson deu à melodia o nome de TORONTO, cidade onde ela mora há muitos anos.
Bibliografia: Seitz, Ivo Augusto. Carta à autora em 13 de setembro de 1991.


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Letra e Música: Franklin Edson Belden (1858-1945)
Franklin Edson Belden nasceu em Battle Creek, Michigan, a 21 de março 1858 e foi o mais velho dos cinco filhos que nasceram a Stephen and Sarah Belden. Sarah era a irmã mais velha de Ellen White, uma pioneira da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Grande parte da educação de Franklin foi obtida no Colégio de Battle Creek.
Por volta de 1876, quando tinha dezoito anos de idade, a família de Belden mudou-se para a Califórnia, juntamente com seu pai, sua madrasta e Tiago e Ellen White, seus tios, onde começou a compor. Por causa de problemas de respiratórios, mudou-se mais tarde para o Colorado, onde conheceu e casou-se, em 1879, com Harriet MacDearmon, que também era musicalmente talentosa.
O casal voltou a Battle Creek no início da década de 1880, onde Belden ligou-se à Review and Herald Publishing Company, uma editora mantida pelos Adventistas do Sétimo Dia. Ele e Edwin Barnes serviram como editores de música do Hymns and Tunes (Hinos e Cânticos), que foi publicado em 1886. Belden também colaborou com seu primo, J. Edson White, em vários livros de cânticos. Por algum tempo, serviu como diretor geral da Review and Herald. Ele permaneceu na obra Adventista até 1910, quando começou a escrever músicas para o evangelista Billy Sunday.
Uma discórdia surgiu entre Belden e a Review and Herald, acerca dos direitos autorais do hinário Hymns and Tunes. Foi relatado que Belden era ganancioso e queria o dinheiro. Na verdade, o acordo com a Conferência Geral em 1886 era que a sua parte dos direitos autorais deveria ir para o trabalho das missões. Quando a Review and Herald assumiu os direitos do hinário, Belden não quis que a sua parte fosse para a casa publicadora. O assunto nunca se resolveu completamente. Desiludido, separou-se da obra da igreja, mas não “abandonou seu comprometimento com a igreja ou com o Senhor”. Embora os últimos dias de Belden tenham sido maculados por mal-entendidos com a liderança da igreja acerca de seus direitos autorais, depois de sua morte todos seus papéis, composições e manuscritos foram doados para o Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia.
O gênio poético e musical de Belden era demonstrado por sua prática freqüente de escrever um cântico que combinasse com um sermão enquanto este ainda estava sendo apresentado. Ele e sua esposa sentavam-se no coro; ali ele apanhava o texto bíblico do sermão como tema e, captando a exposição do pregador, escrevia a letra do hino. Em seguida compunha a música e, ao término do culto, ele e a esposa cantavam o hino recém composto como o hino final. Christ in Song (Cristo em Cânticos), publicado em 1900 é a mais reconhecida contribuição de Belden à hinódia Adventista do Sétimo Dia. O Hinário Adventista brasileiro inclui treze hinos compostos por ele, letra e música e mais quatro músicas suas para textos escritos por outros autores, além de uma letra musicada por outro compositor; isto é mais do que qualquer outro colaborador adventista.


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Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)
Música: William Howard Doane (1832-1915)
De Benjamin, disse: "Todo o dia o Senhor o protegerá, e ele descansará nos seus braços" Deuteronômio 33.12. De Aser, disse: "O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços" Deuteronômio 33.27.
O hino de que vamos falar é o fruto de uma vida consagrada ao Senhor. Uma vida de alegria e gozo, é a demonstração mais eloqüente do que o Senhor pode fazer com uma pessoa que, mesmo fraca e deficiente, descansa nEle e vence para honrá-Lo.
Trata-se da famosa serva de Deus que viveu entre os anos 1820 e 1915, Fanny Jane Crosby. Bem cedo, com apenas seis semanas de vida, ficou completamente cega devido a um engano do médico que a tratou. Por isso, nunca chegou a apreciar, com os seus olhos, as belezas do mundo criado por Deus.
No entanto esta aflição serviu apenas para introduzi-la num mundo novo onde encontrou, mais tarde, Cristo, seu grande Amigo e Guia.
Bem cedo, também, demonstrou seus dotes poéticos, compondo, aos oito anos de idade, sua primeira poesia, a qual revela o seu contentamento e confiança em Deus, mesmo na adversidade.
Anos mais tarde começou a escrever hinos sacros, por sugestão do célebre compositor musical, W.B. Bradbury, e dai por diante escreveu tantos hinos que não se sabe, ao certo, o seu verdadeiro número; sabe-se, porém, que somam muito mais de 8.000.
Fanny escrevia os hinos com tanto rapidez que em certa ocasião, estando com o Sr. William H. Doane, também compositor de música de muitos hinos, este lhe disse; "Tenho uma música que gostaria que ouvisse", e assim ele a tocou, ela exclamou: "Ora, isso está dizendo: 'Salvo nos braços de Jesus'!" Ausentou-separa outra sala e, dentro de poucos minutos, regressou pronunciando as palavras originais do lindo hino acima.
Assim, aquela ceguinha, graças à sua disposição alegre, e pela confiança que havia posto em Jesus, "não chorava nem se lamentava por ser cega", antes tem servido de inspiração a milhões de pessoas, induzindo-as a levarem vidas úteis e alegres.


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Hugh Middleton Brock, o avô desta autora, estava muito doente na sua cama de onde todos sabiam que não se levantaria. Sua querida esposa Clara e alguns dos seus filhos estavam a seu lado. ”Meu neto, Charlie, já chegou?” Perguntava ele. ”Ainda não”, vinha à resposta.
O Sargento Charles Swigert voltava da Segunda Guerra Mundial, onde servia na Europa, “Preciso vê-lo!” Repetia Brock. Finalmente, depois de viajar dia e noite de um lado do país para o outro, Charlie chegou. “Aqui estou, vovô” disse ele. Com grande alívio, Hugh pôde ver que ele estava são, bem de saúde, com a ferida, que recebera na guerra, já sarada.
Os outros não ouviram tudo que se passou entre aqueles dois que se amavam muito, mas uma coisa Clara ouviu distintamente: “Charlie, para o céu pela cruz irei; nenhum outro vou achar!” Antes de um novo dia amanhecer, Hugh Brock já tinha partido para estar com Jesus.
Jessie Brown Pounds escreveu esta letra em 1906. De acordo com Charles H. Gabriel, no seu livro Singers and Their Songs (Cantores e Seus Cânticos), ela quis “dar ênfase a uma verdade que é constantemente presente nos ensinos de Cristo, que o cristão heróico não segue a linha de menos resistência”. O hino é geralmente cantado lembrando que o único caminho para o céu é pela cruz de Cristo, o que está certo. Mas é preciso perceber que a autora também enfatizou a cruz que Cristo nos manda levar. A terceira estrofe diz:
Os caminhos maus deste mundo deixei;
Jamais neles vou seguir,
Sigo, pois Jesus, com a minha cruz,
No caminho que ao céu conduz



A autora Jessie Brown Pounds (1861-1921), nascida em Hiram, Estado de Ohio, EUA, nunca foi muito forte fisicamente e recebeu sua educação em casa. Aos 15 anos começou a contribuir regularmente para periódicos religiosos e por mais de 30 anos escreveu poesia sacra para a publicadora de James H. Fillmore. Publicou ao todo, nove livros, 50 textos para cantatas e operetas, e mais de 400 hinos.         


Jessie H. Brown casou-se com o Pastor John E. Pounds, pastor da igreja Cristã Central em Indianápolis, Estado de Indiana em 1896. Mais tarde, ele tornou-se pastor universitário em Hiram, a cidade natal de Jessie.
"Para o Céu por Jesus Irei" foi traduzido para o português pelo missionário William Edwin Entzminger que, depois de Salomão Ginsburg, fez a maior contribuição como hinista e publicador.
Charles H. Gabriel compôs esta melodia para a letra de Jessie Pounds e publicou o hino na coletânea Living Praises N° 2 (Louvores Vivos) em 1906, compilado por Gabriel em parceria com W. W. Dowling.


 
Charles Hutchison Gabriel nasceu no Estado de Iowa, EUA, no dia 15 de setembro de 1856. Passou seus primeiros 17 anos de vida na fazenda. Desde menino, Charles mostrou grande interesse na música. Quando sua família comprou um harmônio pequeno, ele aprendeu a tocar com muita rapidez. Aos 16 anos, Gabriel já estava ensinando em algumas escolas de canto nas igrejas. Sua fama de professor e compositor se alastrou. De 1890 a 1892, foi diretor de música da Igreja Metodista da Graça, na cidade de São Francisco, Califórnia. Depois desta época, estabeleceu-se em Chicago, Illinois, centro de publicadores evangélicos.  


De 1895 a 1912, Charles Gabriel publicou diversos hinários. Em 1912, se associou com a firma publicadora de Homer Rodeheaver, famoso cantor-evangelista, e ali ficou até a sua morte em 15 de setembro de 1932.
Gabriel teve parte importante entre os colaboradores da hinódia, especialmente, os gospel hymns. Contribuiu com um extraordinário número de produções. Editou 35 hinários de gospel hymns, oito hinários para Escolas Bíblicas, sete coleções para coro feminino, 10 hinários para crianças, 19 coleções de música corais e 23 cantatas. Era igualmente talentoso, tanto na música quanto na poesia. Freqüentemente, escrevia os textos dos seus hinos, assinando a maior parte como Charlotte G. Homer (anagrama do seu nome).
Os hinos de Gabriel eram simples, e tinham “aquele velho balanço dos hinos metodistas”. Autodidata, foi, nas palavras de Jacob Hall, um hinista contemporâneo, ”pouco inibido pelas regras puramente escolásticas de forma, sendo livre para produzir muitos efeitos e contrastes que outros compositores facilmente perdem”.
Gabriel nos soube dar hinos que ainda hoje são muitos apreciados. Quase 100 anos depôs de serem escritos, o H.A. ainda inclui “Precioso é Jesus para Mim” (93), além dos hinos 184, 233, 276, 308, 309, 311, 315, 316, 371, 409, 428, 465 e 514.

Fonte: Brock, Clara Earle. , Conversação com a autora em cerca de 1946.
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Ira David Sankey (1840-1908)
Letra: Samuel O'Maley Cluff (1837-1910)
Música: Ira David Sankey (1840-1908)

Este é um dos melhores cânticos evangélicos, tendo uma mensagem sincera de apelo para o perdido aceitar o Salvador. As palavras foram encontradas por Ira D. Sankey, enquanto estava na Irlanda com Dwight L. Moody, em 1874. Pouco se sabe sobre o autor, Samuel O'Malley Cluff. Sabe-se que Cluff era um clérigo irlandês da Igreja Estabelecida e deixou-a para se filiar à irmandade Plymouth.
Ira David Sankey nasceu a 28 de agosto de 1840 em Edinburg, Pennsylvania.
Enquanto jovem, Sankey serviu na Guerra Civil Americana. Com freqüência, ajudava a unidade de Capelania e dirigia seus companheiros soldados no cântico de hinos. Depois da guerra, foi trabalhar com o Internal Revenue Service, e também Associação Cristã de Moços (YMCA). Tornou-se conhecido como cantor evangelístico e, eventualmente, chamou a atenção do evangelista Dwight Lyman Moody. Os dois encontraram-se em uma convenção da YMCA em Indianápolis, Indiana, em junho de 1870. Alguns meses mais tarde, Sankey assistiu à sua primeira reunião evangelística com Moody, e demitiu-se de seu trabalho como funcionário público logo em seguida.
Em outubro de 1871, Sankey e Moody estavam no meio de uma reunião de reavivamento, quando o iniciou-se Grande Incêndio de Chicago. Os dois homens escaparam por pouco da tragédia que se seguiu. Sankey observou a cidade queimar de dentro de um barco a remos, ao largo do Lago Michigan.
O nome de Sankey é bem conhecido; foi um cantor evangélico talentoso que, associado a Dwight L. Moody, foi instrumento para alcançar muitas almas através do Evangelismo do Canto. O Sr. Sankey era modesto, embora mostrasse grande talento no canto. Diz ele:
"Não sou músico; nem cantor; nunca fui ensinado a cantar; nem há arte no meu canto. Nunca executo porém, um cântico que não fale a mim em cada palavra e frase. Antes de cantar tenho que sentir, e o cântico tem de ser de tal qualidade que eu saiba que posso transmitir o que sinto aos corações daqueles que ouvem. Encontro muito mais dificuldade em conseguir boas palavras, do que boa música. Nossas melhores palavras vem da Inglaterra; a música que melhor se adapta ao nosso propósito, vem da América. Os compositores ingleses, aparentemente, não se preocupam em escrever cânticos simples como nós necessitamos. Podemos ter muitos cânticos de estilo amplo e firme, mas apesar destes serem úteis uma vez ou outra, nossos cultos não poderão ser beneficiados com o uso deles apenas." -John S. Curwin, "Studies in Worship Music" (Estudos Sobre a Música de Adoração), Second Series, 1885.
Sankey reconhecia, como o faz todo obreiro evangélico, que a igreja necessita de diferentes espécies de cânticos e hinos. Todo cântico deveria ser estudado cuidadosamente e ser determinada sua conveniência para a ocasião a que se destina. Este cântico é apropriado para solo, número de coro, bem como cântico congregacional.
Sankey compôs mais de 1.200 cânticos durante a sua vida. Ele ficou cego, por causa de glaucoma, nos últimos cinco anos de sua vida e, sem dúvida, encontrou ânimo para seu espírito em sua amiga e parceira, a escritora de hinos cega Fanny Crosby. Sankey morreu em 13 de agosto de 1908.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores - CMA - Conservatório Musical Adventista


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